Uma equipa de investigadores descobriu novas evidência que sugerem que a aversão feminina fez com que os humanos evoluíssem com menos pêlos.
Os cientistas pediram a mulheres que avaliassem a atratividade de 30 rostos masculinos para relacionamentos de longo e curto prazo, bem como o quão enojadas se sentiam com imagens de parasitas.
Os resultados, publicados na revista científica Royal Society Publishing, mostraram que aquelas que relataram níveis mais altos de nojo tendiam a preferir rostos barbeados. Porém, as mulheres em geral demonstravam preferência por homens com barba – principalmente quando julgavam potenciais pretendentes para um relacionamentos a longo prazo.
Os resultados dão mais peso à “hipótese de evitar os ectoparasitas”: a ideia de que os nossos ancestrais humanos primitivos perderam pêlos no corpo, uma vez que as mulheres evitavam homens excessivamente peludos, reduzindo assim o risco de contrair ectoparasitas portadores de doenças – parasitas como pulgas e carrapatos. Isto sugere que a seleção sexual faz com que os humanos se tornem menos peludos com o passar do tempo.
Apesar de esta não ser a primeira evidência que apoia esta hipótese, escreve o Newsweek, os autores do estudo são cautelosos e apontam outros fatores sociais, económicos e ecológicos que podem afetar a escolha de ter pêlos faciais, incluindo moda. Os investigadores também alertam que o estudo foi realizado apenas em mulheres dos Estados Unidos e, portanto, pode não refletir escolhas noutras sociedades.
Análises anteriores da moda de pêlos faciais sugeriram que o número de homens com pêlos faciais é maior nas cidades com populações maiores e com maior expectativa de vida, mas mais forte nos países com renda média mais baixa.
Outros studos mostraram que, quase de forma esmagadora, as mulheres preferem homens com pêlos faciais, com barba por fazer, principalmente em relacionamentos de longo prazo. Segundo um estudo, isto pode acontecer porque as mulheres acham os homens com pêlos faciais mais masculinos, confiantes, diligentes, generosos e sinceros.
Outros estudos sugeriram que a nossa atitude de repulsa pode afetar a Política. Os cientistas identificaram um conservador de um liberal a partir de exames cerebrais quando mostravam imagens provocadoras de nojo. Noutra investigação, descobriu-se que pessoas com menos tolerância ao odor corporal tinham maior probabilidade de ter crenças autoritárias.