Uma equipa de investigadores descobriu o segredo da Ginkgo biloba, a espécie de árvore que é praticamente imortal. Esta espécie existe desde o tempo dos dinossauros.
A Ginkgo biloba, também conhecida popularmente por nogueira-do-japão, é uma árvore quase considerada um fóssil vivo, existindo já desde o tempo dos dinossauros, há mais de 200 milhões de euros. No Japão, é considerado ainda um símbolo de paz e longevidade, tendo sobrevivido às explosões das bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki.
Esta espécie de árvore é praticamente imortal, com uma destas árvores a conseguir viver até aos 3 mil anos. Um novo estudo publicado esta semana na revista científica PNAS sugere que a longevidade desta espécie é bastante maior, sendo teoricamente infinita.
A Ginkgo biloba mostra poucos sinais de envelhecer. Embora estas árvores cresçam com anéis mais pequenos com o passar dos anos, a equipa de investigadores encontrou poucas diferenças na sua capacidade de fotossíntese, gerar sementes, crescer folhas ou resistir a doenças.
“Nos humanos, à medida que envelhecemos, o nosso sistema imunológico começa a não ser tão bom”, disse ao New York Times o biólogo Richard Dixon. “O sistema imunológico das árvores, mesmo que tenham mil anos de idade, parecem ter 20 anos“, acrescentou.
Dixon e a sua equipa concentraram-se num tecido do tronco que contém células meristemáticas, o equivalente às células estaminais nos animais.
De acordo com o Science Alert, os cientistas não encontraram grandes diferenças na atividade genética ou na resistência às doenças em árvores com diferentes idades.
“Como o aumento da área basal é um indicador confiável do crescimento das árvores, parece que o câmbio vascular da Ginkgo biloba pode reter a capacidade de crescimento contínuo por centenas de anos ou mesmo milénios“, escreveram os autores do estudo.
Isto não quer dizer que a árvore seja imortal, mas o provável é que nunca morra por causa da idade. O mais habitual é que acabe por morrer devido a fatores externos, como incêndios ou pela ação humana.
“O envelhecimento não é um problema para esta espécie. O problema mais importante com o qual elas precisam de lidar é o stress”, explicou o fisiologista Sergi Munné-Bosch, citado pelo Science Alert, que não participou no estudo.