Cientistas pensam ter confirmado que um pequeno rato descoberto no vulcão Llullaillaco, nos Andes, é o mamífero que consegue viver à maior altitude já conhecida (6739 metros).
Segundo o IFLScience, o Phyllotis xanthopygus rupestris foi descoberto, pela primeira vez, em 2013, no vulcão adormecido Llullaillaco, nos Andes. Em fevereiro deste ano, investigadores voltaram ao local e conseguiram apanhar alguns espécimes em altitudes superiores a cinco mil metros. O “rato vencedor” estava a uma altitude de 6739 metros.
O estudo científico da equipa foi publicado, no passado dia 14, no site bioRxiv, o que significa que aguarda ainda a chamada revisão por pares.
As condições nos pontos mais altos do Llullaillaco são incrivelmente severas. Isto significa que as espécies que lá habitam não só precisam de se expor a temperaturas tão baixas como -65 graus Celsius, mas também lidar com níveis baixos de oxigénio — cerca de menos 45% de oxigénio do que o nível do mar.
De acordo com o mesmo site, a comida também é extremamente escassa devido à altitude e, por isso, os investigadores suspeitam que estes animais fazem uma alimentação à base de insetos e líquen.
“Estudo muitos animais diferentes, que vivem a grandes altitudes, e suspeito que estes ratos tenham desenvolvido adaptações especializadas relacionadas com a função cardiorrespiratória e o metabolismo muscular. Estou muito entusiasmado para descobrir o que permite a estes animais incríveis sobreviver em altitudes tão extremas”, afirma ao mesmo site Jay Storz, professor associado da Universidade de Nebraska-Lincoln (UNL), nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.
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