Foram detetadas nove outras Rajadas Rápidas de Rádio (FRB) que se repetem entre as 700 já identificadas desde outubro de 2018 pelo projeto científico CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment), que se baseia num telescópio localizado na Colúmbia Britânica.
Descobertos há mais de uma década, estes misteriosos sinais são flashes curtos e brilhantes de emissão de rádio, cuja origem é ainda desconhecida. Um questão particular sobre as FRBs passa por entender porque é que alguns destes sinais se repetem, ao passo que outros apenas produzem um flash, recorda a agência Europa Press.
Para dar resposta a esta questão, o melhor é encontrar FRBs suficientes para realizar inferências estatísticas – e é exatamente neste aspeto que o CHIME está a ajudar, tentando construir uma amostra relativamente grande destes sinais.
A nova investigação, liderada por Emmanuel Fonseca, da Universidade McGill, no Canadá, dá conta da identificação de outras nove FRBs que se repetem, elevando o número total de sinais deste tipo que se repetem para 20.
Este estudo, cujos resultados foram publicados recentemente na revista científica The Astrophysical Journal Letters, confirmou ainda avaliações anteriores de FRBs que se repetem, bem como de sinais que só surgiram uma vez.
As FRB representam um dos maiores mistérios da Astronomia, havendo várias teorias já apresentadas para justificar a sua existência: há quem acredite que são o resultado da rotação de estrelas de neutrões, que são fruto do colapso de estranhas crostas estelares e ainda quem defenda que são sinais de vida extraterrestre.
Tal como frisa o portal Universe Today, não há nenhum fenómeno natural conhecido que possa explicar estes sinais. Os cientistas precisam de continuar a “engrossar” a amostra antes de validar – ou refutar – qualquer teoria te agora apresentada.