ESA/Alan Baker, CC BY-SA 3.0 IGO
Uma equipa de cientistas acaba de desenvolver uma nova técnica que permite rastrear o lixo espacial em plena luz do dia, anunciou a ESA.
Em comunicado, a Agência Espacial Europeia explica que uma equipa de cientistas conseguiu desenvolver um sistema que permite aumentar o tempo de observação dos detritos espaciais, que até agora só podiam ser monitorizados durante o crepúsculo, quando a escuridão da Terra contrastava com os objetos iluminados pelo Sol.
A técnica, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Austríaca de Ciências, faz com que o lixo espacial seja visível enquanto houver luz, tal como detalham os cientistas no novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Nature Communications.
Para chegar a este resultado, os cientistas utilizaram uma combinação de telescópios, detetores e filtros de luz em comprimentos de ondas específicos, através dos quais é possível aumentar o contraste dos objetos em plena luz do dia.
Assim, o lixo até agora “escondido” na escuridão torna-se visível.
“Estamos acostumados com a ideia que só podemos ver estrelas à noite”, disse Tim Flohrer, diretor do Departamento de Detritos Espaciais da ESA, notando que o mesmo se aplicava à observação de lixo espacial recorrendo a telescópios.
“Com esta nova técnica, será possível rastrear objetos ‘invisíveis’ que espreitam no céu azul, o que significa que podemos trabalhar durante todo o dia com lasers para ajudar a evitar eventuais colisões”, explicou o especialista.
Por sua vez, Michael Steindorfer, da Academia Austríaca de Ciências, acrescentamos: “Esperamos que estes resultados aumentem significativamente o tempo de observação de detritos num futuro próximo”.