Cientistas podem ter descoberto um dos primeiros ancestrais da árvore genealógica: uma criatura semelhante a um verme chamado Ikaria wariootia.
Segundo a revista Newsweek, a minúscula criatura, parecida com um verme, é o exemplar mais antigo da clade Bilateria, ou seja, tem uma parte da frente e de trás, dois lados simétricos e aberturas nas extremidades, conectadas por um intestino, tal como a maioria dos animais (incluindo nós, seres humanos).
Graças aos avanços na digitalização 3D, uma equipa de geólogos detetou dezenas de exemplares desta criatura, batizada Ikaria wariootia, em depósitos de arenito em Nilpena, na Austrália, com 555 milhões de anos (período Ediacarano).
Os animais identificados eram pequenos e simples, variando de 1,9 a 6,7 milímetros de comprimento e 1,1 a 2,4 milímetros de largura. E os investigadores acreditam que os maiores não passariam dos sete milímetros (não sendo maiores do que um grão de arroz).
Mas, apesar da sua simplicidade, a verdade é que este animal estava à frente do seu tempo e prova disso é a sua capacidade de cavar no fundo do mar para encontrar comida, o que mostra que tinha sentidos (mesmo que primitivos).
A forma das covas ainda dá algumas pistas sobre como se moveram. Os cientistas suspeitam que este animal contraía os músculos para avançar, tal como os vermes fazem nos dias de hoje.
“É o fóssil mais antigo que já vimos com este tipo de complexidade”, afirma em comunicado Mary Droser, professora de Geologia na Universidade da Califórnia, em Riverside, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.