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Afinal, o sangue dos doadores pode não ser tão puro como se pensava. Cientistas estudaram 18 lotes de sangue e descobriram cafeína em todas as amostras, além de vestígios de remédios para tosse e medicamentos para a ansiedade.
A análise foi feita como parte de um estudo sobre a forma como os suplementos alimentares botânicos e outras drogas podem interagir no corpo, usando espectrometria de massa para identificar a composição química das moléculas nas amostras de sangue.
Os cientistas propuseram-se a identificar os efeitos adversos que os suplementos alimentares podem ter quando se misturam com prescrições existentes. A equipa também descobriu que o estilo de vida causa mudanças que ficam nas amostras quando doamos fluidos corporais.
De acordo com a investigação, cujos resultados foram publicados este mês na revista científica Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, gostamos tanto de café, chá, chocolate, refrigerantes e bebidas energéticas que a cafeína está literalmente a correr nas nossas veias.
Porém, isto não é tão problemático como parece. “Do ponto de vista da contaminação, a cafeína não é uma grande preocupação para os pacientes”, disse Luying Chen, farmacologista da Oregon State University, em comunicado. “Mas os outros medicamentos podem ser um problema para os pacientes, além de representar um problema para aqueles como nós que fazem este tipo de pesquisa, porque é difícil obter amostras de sangue limpas”.
Além da cafeína, que apareceu em todas as amostras, 13 das amostras mostraram a presença de alprazolam, o medicamento para a ansiedade vendido sob o nome Xanax. Enquanto isso, oito das amostras tinham traços do medicamento sem prescrição médica para tosse, dextrometorfano.
O número de amostras neste caso não era muito grande, portanto não é uma prova abrangente de que a cafeína se esteja a proliferar através de sacos de sangue doado em todo o mundo. Porém, coloca uma questão interessante sobre o que exatamente pode estar presente no sangue doado.