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Cientistas criaram um metal altamente hidrofóbico que não se consegue afundar. As possíveis aplicações deste material estão a entusiasmar a comunidade científica.
A tradição de os humanos se inspirarem nos animais e na natureza para algumas das criações não é nova e voltou a acontecer. Desta feita, uma equipa de cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, inspirou-se em aranhas e formigas para criar um metal altamente repelente à água.
Não importa o quanto o material é danificado ou furado, que não há maneira de ele se afundar. Esta inovação abre portas a uma infinidade de novas tecnologias que podem ser bastante úteis, como por exemplo, navios que não se afundam ou aparelhos de monitorização subaquáticos que duram para sempre.
Para conseguir este efeito no metal, os cientistas usaram rajadas de lasers de femtossegundos para que a superfície capturasse todo o ar e se torna-se altamente repelente à água.
Contudo, segundo o Phys, a equipa de cientistas britânicos notou que, após um longo período de tempo submerso debaixo de água, o material ia perdendo ligeiramente as suas propriedades hidrofóbicas.
E onde entra a natureza nisto tudo? A Argyroneta aquatica é uma espécie de aranha que consegue sobreviver longos períodos de tempo debaixo de água ao armazenar o ar numa teia fechada. Também as formigas-de-fogo conseguem formar uma espécie de balsa que prende o ar entre os corpos repelentes à água.
“Esta foi uma inspiração muito interessante”, disse Chunlei Guo, autor do estudo publicado esta semana na revista ACS Applied Materials & Interfaces. “A principal descoberta é que superfícies superhidrofóbicas (SH) multifacetadas podem capturar um grande volume de ar, o que aponta para a possibilidade de usar superfícies SH para criar dispositivos flutuantes”.
Mesmo depois de estar submerso durante dois meses e ser perfurado várias vezes, o metal sobe na mesma à superfície.