Christine Lagarde, presidente do BCE, alertou para um “cenário que recordará a grande crise financeira de 2008” se não houver uma resposta orçamental e monetária coordenada.
Caso não haja uma resposta coordenada por parte da política monetária e orçamental, a União Europeia corre o risco de um “um cenário que recordará a muito de nós a grande crise financeira de 2008“. Este é o aviso deixado pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), na intervenção realizada durante a videoconferência de líderes europeus esta terça-feira.
Na próxima quinta-feira, Christine Lagarde irá presidir à reunião de política monetária do BCE. Esta é a primeira reunião depois do surgimento da epidemia do novo coronavírus, numa altura em que se verificou um contexto de queda da inflação na zona euro em fevereiro e um colapso das bolsas europeias, que já acumulam uma derrocada de 20% desde início do ano.
O Expresso lembra que, esta terça-feira, os líderes europeus acordaram um pacote de estímulos de 25 mil milhões de euros. Este pacote soma-se às intervenções orçamentais já decididas pelos governos da Alemanha, Itália e Irlanda. Assim sendo, ao todo, serão apenas 60 mil milhões de euros, cerca de 0,4% do PIB da União Europeia.
Face ao impacto do Covid-19 nas economias e mercados financeiros, 13 bancos centrais já procederam a cortes das taxas. Esta quarta-feira, o Banco de Inglaterra desceu a taxa diretora para o mínimo histórico de 0,25% que vigorou entre agosto de 2016 e outubro de 2017 em resposta ao triunfo do Brexit no referendo de junho de 2016.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos. Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.