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A nacionalização da Efacec deixa em risco os cerca de 110 milhões de euros de créditos que um grupo de bancos concedeu à Winterfell.
O Governo anunciou, esta quinta-feira, a nacionalização da Efacec. Segundo o Económico, a operação vai deixar em risco os cerca de 110 milhões de euros de créditos que um grupo de bancos concedeu à Winterfell, a sociedade detida por Isabel dos Santos, para a compra da participação de 71,73% na empresa portuguesa.
O Banco Montepio, o BIC Angola e o BPI foram os maiores financiadores da compra, mas a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco e o BCP também participaram do negócio, ainda que com somas menores.
Fonte ligada ao processo admitiu ao matutino que a nacionalização pode criar uma compensação aos bancos que têm o penhor das ações em função do valor que for atribuído às empresas. No entanto, nada está garantido para já, sendo apenas expectável que o Estado possa vir a compensar os bancos depois da venda das ações da Efacec, agora nacionalizadas.
O Conselho de Ministros aprovou, nesta quinta-feira, um decreto-lei que procede à apropriação pública da participação social detida pela Winterfell 2 Limited na Efacec Power Solutions, por via de nacionalização de 71,73% do capital social da empresa.
O anúncio do ministro Pedro Siza Vieira apanhou o mercado de surpresa, depois do processo de venda ter sido iniciado com a entrega de 10 propostas não vinculativas, na semana passada. Com a nacionalização, cai o processo de venda que estava a ser conduzido pela StormHarbour.
“O decreto-lei que procede à nacionalização 71,7% do capital social da Efacec Power Solutions, uma empresa de referência nacional”, disse a ministra da Presidência. Mariana Vieira da Silva realça que esta decisão garante a “salvaguarda de cerca de 2.500 postos de trabalho” e a “continuidade da empresa”.
Assim, o Estado ficará com 71,73% do capital da Efacec, que é atualmente detido pela empresária angolana Isabel dos Santos.