A construtora portuguesa Mota-Engil anuncia que chegou a acordo com a chinesa Communications Construction Company (CCCC) para a venda de 23% das suas acções por 169,4 milhões de euros. A CCCC é considerada a “Huawei das infraestruturas”.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil realça que chegou a um “acordo de parceria estratégica e de investimento” com a chinesa CCCC, referindo-se à empresa do oriente como “um dos maiores grupos de infraestruturas do mundo” que é também referido como a “Huawei das infraestruturas”.
A accionista Mota Gestão e Participações (MGP) vendeu à CCCC 55 milhões de acções a um preço de 3,08 euros por acção, como avança o Jornal Económico, notando que os chineses pagaram no total 169,4 milhões de euros.
“A efectividade do acordo está, porém, dependente da verificação de várias condições precedentes, de índole legal e contratual, entre as quais se incluem a aprovação ou o consentimento por parte de diversas Entidade Públicas e a confirmação por parte da CMVM de que o acordo e as operações nele previstas não impõem para a CCCC a obrigação de lançamento de uma oferta pública de aquisição”, refere ainda o comunicado da Mota-Engil.
A empresa portuguesa acrescenta que será convocado em breve uma Assembleia Geral “para autorizar o Conselho de Administração a aprovar o aumento de capital, nos termos e condições a decidir por este órgão no momento oportuno”.
Mota-Engil ganha contratos de 125 milhões no Peru
A Mota-Engil anunciou também que aumentou a sua carteira de encomendas no Peru, com a adjudicação de três novos contratos no valor de 125 milhões de euros.
Em comunicado, a construtora “informa sobre a adjudicação, à sua subsidiária Mota-Engil Peru, de três novos contratos por parte de uma importante empresa mineira privada a operar no Peru no montante total de 125 milhões de euros”.
Os trabalhos em causa correspondem à construção de um dique e gestão de águas, ao estudo e construção de um hospital, de acordo com a empresa, e terão início imediato e um prazo de conclusão de 33 meses.
A carteira de encomendas da empresa no Peru ascende agora a cerca de 150 milhões de euros, “suportando-se na parceria de longo prazo mantida com as principais empresas mineiras com actividade no Peru, o que potencia a recuperação do volume de negócios do grupo numa região especialmente afectada pela actual crise pandémica”.