Aero Icarus / Flickr
O Jornal Económico escreve na sua edição desta sexta-feira que o nome de David Pedrosa, filho de Humberto Pedrosa, poderá vir a ser o substituto temporário de Antonoaldo Neves na liderança da companhia aérea portuguesa.
O jornal de economia escreve que o nome do filho de Humberto Pedrosa é apontando como estando na short list para o cargo de CEO da companhia aérea portuguesa.
O diário de economia não aponta a fonte desta informação.
TAP e Estado chegaram a acordo na semana passada, ficando definido que o Estado aumentaria a sua quota na empresa e que o acionista privado David Neeleman deixaria a empresa. David Pedrosa ficaria na estrutura da empresa como único acionista privado.
Com a saída do norte-americano David Neeleman, definiu-se também que sairia o presidente da Comissão Executiva da TAP, Antonoaldo Neves, que tinha sido nomeado por Neeleman. O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno santos, anunciou que Antonoaldo Neves seria substituído “de imediato”, sem adiantar nomes.
De acordo com o Governo, Antonoaldo Neves erá substituído de forma temporária até que uma empresa especializada para procurar gestores especializados no mercado internacional encontre uma nova equipa de gestão definitiva.
Governo com 72,5% do capital
O Governo anunciou na quinta-feira que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
O Estado aumenta a participação na TAP dos atuais 50% para 72,5%.
Também presente na conferência de imprensa, o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, precisou que o Estado pagará 55 milhões de euros, que se destina à renúncia por parte Atlantic Gateway ao “exercício das opções de saída do acordo parassocial”.
O governante esclareceu também que a Atlantic Gateway passa a ser controlada por apenas um dos acionistas que compunha o consórcio, designadamente o português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro. O dono da companhia aérea Azul, David Neeleman, sai assim da estrutura acionista da TAP.
A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um “auxílio de emergência português” à TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às “necessidades imediatas de liquidez” com condições predeterminadas para o seu reembolso.
Uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de covid-19, a empresa “não é elegível” para receber uma ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis de Bruxelas devido ao surto, que são destinadas a “empresas que de outra forma seriam viáveis”.