“É obviamente possível” que as empresas evitem contratar um trabalhador se não quiserem ser vacinadas contra a covid-19.
A presidente do Comité Económico e Social Europeu (CESE), Christa Schweng, admitiu a possibilidade de uma empresa se negar a contratar um trabalhador que se recuse a ser vacinado contra a covid-19. “Como empresário, posso decidir com quem assino um contrato”, afirmou Christa Schweng em entrevista à agência de notícias espanhola EFE.
No entanto, a vacina não deverá ser obrigatória, na opinião da presidente da CESE, órgão consultivo da União Europeia que emite orientações às instituições comunitárias em representações de empresários, trabalhadores e organizações da sociedade civil.
Relativamente à vacinação, Christa Schweng defendeu que os primeiros a serem vacinados deverão ser os profissionais de saúde, uma vez que estes estão em contacto próximo com os doentes e com a população de risco.
A presidente da CESE sublinhou também a importância do acordo estabelecido entre a Comissão Europeia e as farmacêuticas para garantir vacinas para toda a Europa. Até ao momento, a União Europeia assinou acordos com a Pfizer e BioNTech, AstraZeneca, Sanofi-GSK e Johnson & Johnson, e concluiu negociações com a CureVac e Moderna.
Christa Schweng estimou que todas as vacinas poderão receber a aprovação da Agência Europeia do Medicamento até ao final do ano.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.444.426 mortos resultantes de mais de 61,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.