Produto Interno Bruto nominal ascende a 285,2 mil milhões de euros
A pressão fiscal sobre a economia portuguesa intensificou-se ligeiramente no ano transato, com o rácio receitas/PIB a subir 0,1 pontos percentuais para 35,7%, conforme dados preliminares do Procedimento dos Défices Excessivos divulgados esta quarta-feira.
Principais indicadores:
- Receitas fiscais totais: 101,8 mil milhões de euros (+6,7% face a 2023)
- Acréscimo nominal: 6,4 mil milhões de euros
- PIB nominal: 285.189,3 milhões de euros (+6,4%)
- Crescimento real (volume): 1,9%
Análise da evolução:
O incremento da carga fiscal resulta de:
- Dinâmica económica favorável – expansão de 6,4% do PIB a preços correntes
- Elasticidade das receitas – crescimento fiscal (+6,7%) superou o desempenho económico
- Efeito arrastamento – manutenção de impostos extraordinários em alguns sectores
Contexto macroeconómico:
- O PIB per capita aproximou-se dos 27.500 euros
- A receita fiscal cresceu 1,8 vezes mais rápido que o PIB real
- Mantém-se tendência de convergência com a média europeia (37,4% na UE27)
Perspetivas:
Especialistas antecipam:
- Pressão para contenção orçamental em 2025
- Debate sobre reforma fiscal estrutural
- Possível redução de alguns impostos extraordinários
Nota metodológica: O indicador inclui todas as receitas fiscais e contributivas das Administrações Públicas, calculado sobre o PIB a preços de mercado.