Os dados divulgados pela NASA confirmam que 2024 foi o ano mais quente de que há registo, com temperaturas globais 1,28°C acima da linha de base do século XX (1951-1980), superando o recorde anterior de 2023. Este novo recorde é uma consequência direta das emissões de gases de efeito estufa, especialmente dióxido de carbono e metano, que têm contribuído para o aquecimento global nas últimas décadas. A Terra já registra uma temperatura 1,47°C acima dos valores pré-industriais, um aumento impulsionado também por fenômenos climáticos como o El Niño e a erupção vulcânica de Tonga.
Além disso, o serviço Copernicus da União Europeia também divulgou que 2024 ultrapassou pela primeira vez os 1,5°C de aquecimento em relação ao nível pré-industrial, uma marca alarmante. A tendência de aquecimento contínuo é evidente, e as consequências, como ondas de calor mais frequentes, chuvas extremas e aumento do risco de inundações, tendem a piorar enquanto as emissões de gases de efeito estufa continuarem.
Gavin Schmidt, da NASA, alertou que, embora nem todos os anos quebrem recordes, a tendência de longo prazo aponta para uma mudança climática global irreversível. Ele também sublinhou que, no passado, quando a Terra estava 3°C mais quente do que os níveis atuais, os níveis do mar estavam significativamente mais altos, apontando para os impactos devastadores das mudanças climáticas se não forem adotadas medidas de mitigação.